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Todos nós modificamos nosso ritmo respiratório frente a estímulos de medo, angústia, euforia, ansiedade, paixão, susto, etc. Muda o ritmo e a freqüência respiratória. Junto com estes, modificam, inclusive, a freqüência cardíaca e demais ritmos do nosso corpo. O nariz é a ‘chaminé’ que coleta o ar do meio ambiente e entrega aos pulmões. Este ar tem oxigênio livre, muita poluição e temperaturas variadas. Depois das trocas gasosas realizadas nos pulmões, o nariz é, novamente, o canal para retirar os resíduos respiratórios do nosso corpo.

A respiração nasal permite filtrar, umidificar e aquecer o ar que penetra nos pulmões. Portanto o nariz é um fator de proteção para nosso organismo. Por vários motivos este padrão pode ser modificado e a respiração passa a ser realizada pela boca (que é uma via de emergência). No planejamento corporal a boca deve funcionar como via respiratória somente naqueles momentos de urgência, até que se restabeleça a via nasal, normal e necessária para a respiração. Porém, é comum vermos crianças, adolescentes e adultos respirando pela boca - o que vem a se constituir um hábito. Em perdurando o hábito, o corpo começa a fazer concessões e adaptações que se constitui uma doença crônica e multifatorial chamada de Síndrome do Respirador Bucal (SRB). Respirar pela boca é um hábito silencioso e muito perigoso para a fisiologia do seu corpo’, comenta Dra. Lidia. 

 Respirar pela boca causa alguns destes sinais e sintomas, ou todos:  
:: lábios entre abertos (sem selamento);
:: lábios ressecados;
:: dentes aparecendo - sem estar sorrindo ou  falando;
:: lábio superior curto;
:: lábio inferior evertido;
:: ressecamento da boca;
:: alteração de cor e volume das gengivas;
:: predisposição à cáries e doenças da gengivas;
:: halitose (mau hálito);
:: aumento dos tecidos linfóides de defesa  (amídalas, adenóides);
:: alteração nos vetores de crescimento da face;
:: estreitamento das arcadas dentárias e ossos adjacentes;
:: alteração do palato (fundo);
:: mordida aberta;
:: mordida cruzada;
:: incisivos superiores protruídos;
:: alteração do septo nasal;
:: ronco e apnéia no sono;
:: sonolência diurna;
:: enurese noturna;
:: dor de cabeça (cefaléia) matinal;
:: otites recorrentes;
:: falta de lugar para a língua;
:: língua molha os lábios continuamente;
:: alteração na deglutição;
:: alteração na mastigação;
:: diminuição da deglutição da saliva;
:: modificações na face (longa, entristecida,  olhos caídos,
   olheiras, narinas estritas,  bochechas caídas);
:: modificações corporais importantes como: elevação da cabeça,
   retificação da coluna  cervical, ombros para frente (comprimindo
   a região do tórax),
:: fala prejudicada em maior ou menor grau;
:: agitação;
:: depressão (às vezes encoberta por uma personalidade ativa);
:: tendência ao choro;
:: falta de concentração;
:: baixo rendimento escolar;
:: adinamia (redução da força muscular)
:: alterações posturais. 

 

Junto com as alterações posturais podem existir descompensações posturais, muito preocupantes, tais como:

:: Alterações pulmonares para menos - devido a diminuição da 
   mobilidade da caixa torácica  levando uma diminuição do volume
   corrente de ar, diminuindo as trocas gasosas,  reduzindo assim a oxigenação;

:: Alterações cárdio-pulmonares - pela compressão que o tórax faz
   sobre a área  cardíaca podendo alterar, inclusive o  mecanismo do
   bombeamento circulatório e  pressão arterial;

:: Alterações Viscerais -  a postura corporal do  RB pode causar ptose
   de vísceras  promovendo problemas de digestão, fígado, incontinência
   urinária dentre outras  alterações nas vísceras abdomino pélvicas.

 

 
     
     
  Dra. Lídia Sabbadini
Especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares
Cirurgiã Dentista CRO-RS 4840